apresentação

O Grupo de Pesquisa Indisciplinar (UFMG) convida para o 1º Seminário Internacional Urbanismo Biopolítico: Urbanismo neoliberal e a produção do comum urbano. Esse encontro se propõe a dar ênfase aos temas principais das pesquisas extensionistas desenvolvidas pelo grupo, que têm como objetivos principais rastrear o conjunto de forças que constituem diversas disputas nas metrópoles contemporâneas envolvendo tanto o Urbanismo Neoliberal (produzido pelo Estado-capital) quanto o Urbanismo Biopotente (produzido pelas redes de resistências que objetivam a produção do comum).

Pretende-se  também  que o Seminário promova a investigação sobre processos tecnopolíticos que compõem os possíveis métodos de investigação-ação que se utilizam de ferramentas variadas de pesquisa, coleta de dados, produção de conhecimento e informação, seja via mapeamento territorial e uso de plataformas digitais, seja via produção de dispositivos que proporcionem encontros cotidianos dos atores envolvidos nas resistências urbanas.

 

eixos temáticos

Assim sendo, o Seminário foi organizado em torno de três eixos principais (URBANISMO NEOLIBERAL, PRODUÇÃO DO COMUM E TECNOPOLÍTICAS DO URBANO), distribuídos em três dias e em dois formatos de discussão: Mesas Redondas, no turno da manhã, com convidados internacionais e mediadores pesquisadores do Indisciplinar, e Sessões Temáticas, no turno da tarde, mediadas por pesquisadores convidados de universidades nacionais, além de apresentações de artigos selecionados a partir de uma chamada disponível aqui.

Os eixos são:

 

  • Urbanismo Neoliberal:  discussão envolvendo a conjuntura atual das políticas urbanas neoliberais baseadas na financeirização do espaço e que são, via de regra, associadas à crise do capitalismo financeiro, que também se expressa como crise urbana.
  • Produção do Comum:  discussões envolvendo experiências de resistência aos projetos urbanos neoliberais, que atuam de forma crescente na expropriação dos comuns urbanos.
  • Tecnopolíticas do Urbano: discussão envolvendo a impregnação do território pelas tecnologias digitais em suas múltiplas esferas, principalmente em relação dos recursos tecnológicos hoje disponíveis com: a produção de subjetividades; as políticas públicas urbanas; o compartilhamento e a distribuição de infraestruturas ou serviços; vigilância e privacidade.

Por fim, no intuito de articular as discussões teóricas do seminário com práticas tecnopolíticas  insurgentes, haverá o workshop com o coletivo Left Hand Rotation.

o indisciplinar

O Grupo Indisciplinar originou-se em 2012 e atualmente é formado por professoras(es), pesquisadoras(es), alunas(os) de graduação e pós-graduação oriundas(os) de diversos campos do conhecimento (arquitetura, urbanismo, geografia, economia, ciências políticas, literatura, artes, meio ambiente, ciências da informação, etc). Suas ações são focadas no monitoramento da produção capitalista do espaço urbano, assim como na atuação junto a movimentos sociais (e outros diversos atores) no fortalecimento de redes que se articulam em prol da justiça social e em favor da produção do comum urbano.

Diversas pesquisas extensionistas estão associadas ao grupo, sejam elas de monografia, mestrado, doutorado e pós-doutorado ou projetos de extensão e de pesquisa vinculados tanto às Pró-reitorias de Pesquisa – PRPq  – e e à  Pró-reitoria de Extensão – PROEX – da UFMG, quanto às agências nacionais de fomento à pesquisa (Capes, CNPq, Fapemig).

As investigações do grupo também envolvem diversos outros grupos de pesquisa que atuam em rede através do INCT – Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – “Tecnopolíticas: territórios urbanos e redes digitais” em 2016.